domingo, 25 de julho de 2010

A vida de um gordinho

"Um elefante incomoda muita gente! Dois elefantes incomodam, incomodam muito mais" - Pesada e preconceituosa, mas verdadeira...


Salve salve companheiros fúteis... Aproveitando que vocês ainda não leram no post passado (mesmo depois de 23 dias), e duvido que comentem (surpreendam-me), e que meus vizinhos seguem cantando, vou escrever algumas asneiras sobre gordos (resumindo, minha vida). Mas não empolguem. Apenas um gordo pode falar de sua própria raça. Portanto, se você não for gordo de espírito (porque gordo é um estado de espírito e não simplesmente um estado físico), você não tem direito de falar de alguém nesse estado.
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Basicamente, um gordo sofre em muitos aspectos. O primeiro deles é com relação aos “outros”. Os outros são aqueles considerados (ou que se consideram) magros ou no peso ideal (serão muito citados no post). Talvez, (talvez não, com certeza) gordo seria mais feliz se num houvesse os outros. Por quê?!? Porquê os outros são promotores, juízes, júris e carrascos dos redondinhos. E eles não são nem um pouco discretos. Falam na bucha: “Você tá gordo, hein?!?” (vou me ausentar de responder, para dar uma resposta global para esse tipo de pergunta no final). E se ficassem até aí, seria até bom. Mas, tem uns que chegam tão sutis quanto um elefante pisando em uma plantação de morangos: “Eu tenho uma solução para o seu problema!!! É só fazer exercícios 7 vezes por semana e cortar algumas comidas. A boa notícia é que salada tá liberado”. Em primeiro lugar, quem disse que eu tenho problema?!? Em segundo, quem disse que eu estou procurando solução?!? Terceiro, se exercícios faz tão bem como dizem, por que ficamos acabados depois de uma “sessão”? (aliás, quem disse que há alguma “sensação de bem-estar” depois de exercícios?!? Só se for alguém sado-masoquista q gosta da dor...) Além disso, se caminhada fizesse bem, carteiro seria eterno... Quarto, boa notícia??? Qual é o lado bom de comer só salada?!? Enfim, andam dizendo muita bobagem por aí...
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Outra coisa que os outros fazem com a gente é nos usar como pontos de referencia. Mas, gordo é um “excelente” ponto de referência. Quando estamos procurando alguém:
(os dois se falando por celular)
A: Cara, cadê você?
B: To aqui dentro da farmácia
A: To vendo a farmácia, mas não te vejo...
B: To embaixo do cartaz imenso escrito “preservativos”
A: To vendo o cartaz, mas ainda não to te vendo...

B: To usando uma roupa de galinha (Não sei de onde brotou esses espaços... defeito no blog ¬¬')A: Ainda não
B: Eu to do lado de um gordo (não importa quantos gordos tenha)
A: TE ACHEEEEEEEEEEEEIIIIIIIIIIIIIII!!!!!!!!!! Por que você não falou logo?!?
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Em uma fila:
1: Não tem espaço pra entrar todo mundo vamos ter que tirar uma galera dessa fila... (gritando) Ae galera, até o gordo ali entra... (Não pense você que ele foi gente fina com nosso amigo redondo) Do gordo pra trás pode vazar, inclusive você gordo...
Ou quando queremos chegar a algum lugar:
A: Como eu faço pra chegar na sapataria do fulano?
2: Tá vendo aquele gordo ali?!? Pois é, chegando nele, você contorna ele e vira a direita que vai dar de frente com ela. Mas cuidado pra vc não se perder no contorno.
É por isso que nos sentimos mal ao sairmos de casa...
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Outro fator de sofrimento do gordo é com relação a flatulências. Não, o gordo peida descontroladamente. Mas os “outros” pensam que sim. Se sentem um mau cheiro, e tem um gordo perto, eles já sabem quem é o culpado. E não venha me dizer que você não faz isso, porque vou te dar um exemplo que faz: Está em um elevador um gordo e uma “top model” lindíssima. Você entra. Logo depois de subir dois andares, você sente um cheiro ruim. Quem foi o causador da poluição?!? O GORDO!!! Mesmo que tenha sido você o poluidor, você nem se preocupa: o nosso amigo rechonchudo será o acusado. E se ele sair correndo quando a porta do elevador abrir é porque fez nas roupas. Você não pensa que ele está atrasado ou que vai resolver uma emergência, só que ele precisa de um banheiro... Coloque uma coisa nessa sua cabeça: GORDO NÃO É CULPADO PELO FEDOR DO MUNDO! Todo mundo peida. Ele nem sempre é o causador...
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E com relação a roupas então... Que tristeza... O gordo é obrigado a viver de luto, porque os “outros” só dão pra ele roupa preta, já que preto faz milagre e emagrece! E detalhe, tem que ser roupa larga pra disfarçar. Porque se um gordo sai na rua com roupa de listrada (porque listrado faz a mágica inversa) ou apertada é tachado de ridículo. Se for assim, o sonho do gordo é que o poncho volte a ser moda, pra que ele possa ficar fashion sem ser ridículo. Gordo e roupa realmente não combinam. Quando ganha, se a pessoa comprou menor, foi pra jogar na sua cara que você está precisando de dieta (não te serve!), se comprou maior, está achando que você é muito gordo e precisa de uma dieta. Quando vai comprar roupas então, é bem pior. Primeiro que há lojas por aí que colocam uma placa assim: “Temos tamanhos extra largos (44)”. LARGO PRA QUEM??? Depois de achar uma loja ideal (e repare que o gordo só acha roupas em lojas especializadas pra eles e que elas sempre têm no nome Extra, Largo, Grande, Robusto...) (a maioria parece até terreiro de macumba, de tanta coisa preta), vem o preconceito da vendedora: oferecendo uma roupa 3 vezes maior, olhando se a roupa que o fofinho experimentou num rasgou, ficou com marca de suor embaixo das mangas... Realmente é triste!
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Outra área que os cheinhos sofrem é com relação a namoro. Por que um gordinho tem que namorar alguém também gordo? Sempre que um passa com alguém magro(a), os “outros” pensam que devem ser primos, irmãos, amigos, nunca namorados. E se eles se beijarem, é porque é garoto(a) de programa ou aproveitador(a). Além disso, num namoro com um gordo, os “apelidos carinhosos” sempre falam sobre seu estado físico: fofinho, fofucho, biscoitinho, bolinho de carne, gongonha (será que cabe aqui?!?)... Por que um gordo não pode ter um apelido normal como os outros???
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Aí vem a pior relação que se pode fazer com um gordo: Gordo e comida. Não que um gordo tenha qualquer impossibilidade de comer, mas colocam essa impossibilidade. Quando um gordo come em público, ele é julgado. Eis as questões:
1-Quantidade:
Se comer muito, é gordo e quer manter a forma (de barril); Se come pouco, é gordo e está de regime
2-Velocidade:
Se come rápido, é guloso e “não prova a comida”; Se come lento, é pra disfarçar que come muito
C- Forma:
Se come seguindo corretamente as regras de porte a mesa, é porque come de mais e já acostumou com essas frescuras;Se come como porco, é porque come de mais e não liga mais pra essas besteiras
オ-Tipo:
Se come light/diet, é gordo e faz dieta; Se come comidas gordurosas, é porque não cuida da saúde

Mas o ambiente também diz subliminarmente muita coisa:
∆-Quantidade:
Se tem muita comida, é pra jogar na cara dele que ele come muito; Se tem pouca, o gordo não vem ou tá de dieta (ou pra dizer que ele tem que entrar); Se não tem, é pra espantar o gordo
(a+b)²-Tipo:
Se tem comida diet/light, é pra dizer que ele tem que fazer dieta; Se tem comida gordurosa é pra tentar agradar o redondo
(a²+2ab+b²)-Como é servida:
Se é “self-service”, é pro gordo comer mais a vontade; Se é alguém servindo, é pra evitar que o gordo coloque toda a comida
(Nota do autor: bem, se isso não acontece com os gordos que lerem essa bagaça, eu adianto: acontece comigo...)
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Pois zé, meus queridos inúteis, vida de gordo não é fácil. Sofremos muito e com tudo. Precisamos dar um jeito nas coisas. Entretanto, gostaria de deixar aos anti-gordos a seguinte mensagem: posso ser gordo, mas uma dieta resolve. E o seu caso de feiura que nem com um milagre há salvação?!? (hehehe, falei que ia responder a altura...). Antes de terminar, gostaria de deixar as frases mais ditas por gordos. Com elas, você diferencia quem são os verdadeiros gordos de espírito e quem são os azarados com uns quilinhos a mais:
1. “Eu já jantei, mas vou aceitar só um pedacinho!”
2. “Que saco! Essa roupa não para de encolher!”
3. “Eu não como muito… É que tenho tendência pra engordar!”
4. “Eu só fiquei gordo depois que parei de fumar!”
5. “Essas cadeiras são de péssima qualidade! Quebram por qualquer coisinhaaaaa…”
6. “Droga! Outra balança desregulada…”
7. “Vou comer esse doce só pra tirar o gosto do sal!”
8. “Essa loja é uma droga! Nunca tem roupa do meu tamanho!”
9. “Hoje tô me sentindo tão fraco… Vou comer mais uma barra de chocolate!” (q desculpa...)
10. “Vou comer isso agora, porque segunda eu começo meu regime!” (clássica)

11. "Não sou gordo, tenho ossos largos..."
Espero que depois desse post vocês tratem melhor nossos amigos roliços, mesmo que eles ocupem todo espaço, comam toda comida e causem alguns transtornos de vez em quando. Lembrando que nada impede de que você um dia deixe de ser “outro” pra se tornar um gordo. Tomem cuidado
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Um Abraço

sábado, 3 de julho de 2010

Férias em casa

“Nunca saio de férias. Entro em ócio criativo.” - Karla Skarine


Pois é... Aproveitando que estou de férias há umas semanas, resolvi escrever sobre esse assunto. Alias, não sei por que escrevo. Eu tinha que tirar férias do blog também. Deve ser a motivação que um quarteto de vizinhos que está me arranjando, cantando na minha janela ali fora. Os cantores são ótimos, sendo todas vozes felinas (além de roucas e parecendo taquara rachada): lembrando gatas dando a luz, gatos passando no moedor de carne ou com dor de barriga (pelo menos varia o tom). O repertório também não ajuda muito: de funk a pagode, passando por Reginaldo Rossi e Sergio Reis (que tristeza). Inspirados no clima de Julho beberam e resolveram me fazer uma serenata (ótima forma de começar as férias). Coloquei um Dark/Gothic/Folk Metal polonês pra ver se abafa, mas não está funcionando. Mas, estou de bom humor, por enquanto. A prova disso é que esse post será dividido em dois, sendo o primeiro as férias em casa e o segundo viagem de férias.
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“Até que enfim FÉRIAS!!! Vou ficar em casa curtindo preguiça!”, diz você inocentemente depois de seis meses de aulas/trabalhos. Um mês sem seu chefe/professor te passando aquele monte de trabalhos pra você fazer; um mês sem aquele seu amigo chato te aporrinhando. Engano seu! Seu chefe/professor vai ficar te procurando para te cobrar diversas coisas e quando você voltar de férias, haverá aquela pilha de coisas pra fazer. Se não for você, ninguém fará. E seu amigo chato, vai arranjar seu e-mail, telefone e/ou endereço “para não perder contato” (mesmo que vocês se vejam daqui um mês). Ele vai te procurar pra falar qualquer coisa, até como foi a defecada matinal dele e depois tentar marcar alguma coisa que você provavelmente não vai... E não se preocupe, se todos os seus amigos são legais (não-chatos), vai aparecer um parente qualquer pra fazer o mesmo serviço.
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(achei não dava pra piorar nas cantorias, até eles começarem a cantar “Festa no Apê”)
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As férias podem ser até boas, depois que passa a famosa “Primeira Semana”. Essa é aquela famosa semana em que sua mãe te obriga a arrumar toda aquela bagunça que você cultivou. Pode parecer bagunçado para os outros, mas pra você, tá tudo em perfeita ordem. Você sabe onde estão as coisas lá dentro. Você sabe que se procurar um pouquinho, você encontra até o hamster do vizinho no meio da bagunça. Algumas roupas, mesmo que elas não me sirvam a três anos, por que tenho que dar pros outros?!? Ela num dá aquela calça 32 que diz que um dia vai emagrecer pra se enfiar nela... Mas as minhas sou obrigado a dar... E aquele bolo mofo, poeira, papel, teia de aranha, plástico e outras coisas (que você não sabe o que é) no canto... Por que limpar?!? É de estimação. Carinhosamente tem o nome de Caos e de vez em quando tenho a sensação de que ele se mexe. Não posso me livrar dele. Mas, num tem discussão. Todos aqueles papeis, coleções “inúteis” (como a de figurinhas da copa de 2006), que pra você tenha valor sentimental (ou por preguiça mesmo) você num quer jogar fora, vão pro lixo. O problema é que depois de arrumado, você não encontra mais nada. Nada está no lugar onde você tinha deixado. Mas, não se preocupe, antes do fim das férias, a bagunça já voltou. (Se sua mãe te obrigar e não tiver outro jeito, arrume só você. Não peça ajuda. Conheço uma história de uma namorada que foi ajudar o namorado a arrumar e acabou encontrando cartinhas de amor de outros (sim, no masculino e plural). Faça a limpeza sozinho!!)
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(Achei que estava no fundo do poço com Latino até eles cantarem (ou tentarem cantar) Lady Gaga. O pior é que não entendo nada. Devem estar cantando em Russo)
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Passada a primeira semana, conheça o maior rival que você vai ter: O Telefone. Você pode tentar fazer de tudo, mas o telefone sempre toca. Quando você está assistindo um filme ou seriado, mexendo na internet, dormindo ou até no banheiro, o telefone toca para te incomodar. E repare: 90% dos telefonemas são pros seus pais, 8% são pros seus irmãos, 1,5% enganos, 0,4% pra doméstica que trabalha na sua casa e os outros 0,1% são pra você e não é importante, pois se fosse, ligaria no seu cel. Sempre é os mesmos personagens: sua tia, pra contar as ultimas fofocas da família, uma amiga da sua mãe, pra falar do neto e pedir favor ou sua prima, pra perguntar como se faz miojo. E mesmo seus pais sabendo que os telefonemas são para eles, eles te mandam atender. Mesmo se você estiver do outro lado da casa, construindo um muro, eles deixam o telefone tocar esperando que você atenda. Aí, um pouco antes de você atender, eles gritam: "Eu não estou". E você é obrigado a mentir... Mas, pior que isso só o engano. Um vez, aconteceu comigo de uma mulher ligar perguntando se aqui era loja de biquíni. Educadamente disse que não. Passados 10 segundos, ela liga de novo pra confirmar. Novamente, fui educado e disse que foi engano. Então ela ligou a 3ª vez pra perguntar se eu não sabia que loja que era. Eu perdi a paciência. Mandei ela caçar o que fazer e me deixar em paz. Desliguei o telefone na cara dela. Ela me ligou de novo pra me mandar fazer um curso de como atender um telefone. Eu mandei ela fazer um curso de como procurar na lista telefônica. Nessa brincadeira, perdi 5 minutos cruciais de Friends. Portanto, telefone é o seu maior rival nas férias. Nunca muda. E não tente desligá-lo da tomada. Se não conseguirem falar por telefone, eles vão na sua casa. Aí é pior, porque você é obrigado a fazer sala pra eles...
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(Parece que pararam os cantos para contar causos. Tem um cara contando um de ônibus que eu acho que eu já li em um certo manual... Plagio é crime!)
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Outro problema em entrar de férias é que as crianças também entram de férias. Não há nada pior nas férias do que ficar de babá. Seus tios, com aqueles moleques que dão aulas pra satan, dizem estar ocupados e precisam deixá-los com alguém. Sua mãe se oferece prontamente (sendo que ela não cuida, deixa pra você). No início são apenas dois catarrentos. Na última semana aparece criança que você nunca viu na vida. Quando eles aparecem, começa seu inferno. Esconda seu video-game e seu pc, porque eles são os primeiros alvos dos furacões. Se você queria fazer uma coisa, eles também querem. Se você estava assistindo a final da liga dos campeões e os moleques queriam assistir a reprise do ultimo produto Polishop, você é obrigado a mudar de canal. Se você estava mexendo na internet e eles quiserem, dê seu computador. Se você queria ir ao cinema com sua namorada e eles quiserem ir, não importa o filme que você ia “assistir” (porque você não ia assistir filme), você terá que levá-los, assistir o que eles quiserem, ficar de olho e o pior, pagar tudo (entrada, pipoca e lanche e sem ressarcimento). E ai de você se não fizer o que eles querem. Sua mãe te esgana. Então, quando terminam as férias, que você vai se aproveitar dos favores q te devem, seus tios viram pra você e dizem: “Muito obrigado” e fica por isso mesmo. Mas não se preocupe: nas próximas férias os abomináveis voltarão.
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(Num desses causos, uma mulher falou de um ex e um cara pegou uma faca. Começou as gritarias e xingamentos. Eu costumo ser um cara pacífico. Mas, se for pro silêncio reinar, eu vou ficar quieto...)
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Uma coisa que não pode faltar nas férias em casa são as visitas. Ahhhhh, nada como aquela prima da tia do irmão da avó do cunhado da sua mãe (detalhe em 2º grau) que, mesmo com parentes proximos (irmãos e pais) na cidade, resolvem passar uma temporada na sua casa. A primeira coisa que vai é a privacidade de todo mundo. Nada de andar com roupas de baixo pela casa, arrotar, mesmo estando sozinho ou falar besteira (temos q ser bons anfitriões). Depois, a próxima coisa é o seu quarto. A parenta (como a trataremos para não ter que repetir o grau de parentesco) não pode dormir na sala. O sofá é desconfortável (Você pode...). A partir daí, você tem que pedir pra entrar no seu quarto, acordar cedo, porque você está dormindo na sala, logo incomodará ela a passar, dormir cedo, porque ela dorme 7 da noite e você não pode ficar fazendo barulho. Além disso, TV é pra assistir o que ela gosta (mesmo que seja a centésima vez que reprisa da novela mexicana). O carro fica com ela (prepare-se para andar de ônibus). E você tem que aceitar tudo isso com um sorriso de orelha a orelha. Pra “retribuir” o favor, a visita pode fazer 2 coisas: A-inventar um prato ou algo para dar pra família (o resultado foi o pão do post sobre comidas exóticas);2- Dizer: “Quando você estiver na minha cidade, você vai pra minha casa!” (e pra que que eu iria pra uma cidade no meio do nada?!? Pra pegar malária?!?).
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(Agora fez um silêncio mortal. Acho que foram “desovar um presunto”. Vou aproveitar pra dormir)
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Pois é meus queridos, isso é o que eu tinha pra falar sobre férias em casa. Cuidado com elas. Pra evitar muitas dessas situações, invente uma mania para ficar perdendo tempo. Por exemplo, faça como eu: arranje HQs (histórias em quadrinhos, para os menos nerds) para ficar lendo ou então ache um blog bem fútil pra ficar lendo. Pode parecer estranho, mas diminui as chances das pessoas te incomodarem. É isso ou encarar tudo o que eu disse e sobreviver a mais uma época de férias.
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Abraço
E bom descanso (se você conseguir...)