terça-feira, 12 de julho de 2011

Perguntas idiotas

“Pergunta idiota, tolerância ZERO!” Grande mestre Seu Saraiva.



Olá amados a toas, como vão? Depois de um longo período calado, eis-me aqui para repassar bons e sábios ensinamentos para vocês. Hoje falaremos da clássica pergunta idiota. Não preciso nem dizer que elas estão sempre presentes e que merecem nossa atenção especial (especial o suficiente para um post). Mas, como sou um Intojo com sono e preguiça, vou adaptar uma história que um professor contou uma vez. Ela vai resumir tudo sobre as perguntas idiotas (e como responde-las). De antemão digo que eu sou uma pessoa calma, que talvez não teria coragem de falar as respostas que vêm à cabeça (Mas, sei não... Vai que o dia está ruim). O que estiver entre parênteses no início da fala é a parte em que minha língua coçou MUITO pra falar. E lembrando essa história é uma adaptação de outra pessoa. Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência. Eu quis realmente colocar assim. Interprete como quiser. E perdoem pelos pontos no inicio do paragrafo. Nesse blog tentar dar parágrafo não funciona...
..
. Tudo começa com você dormindo tranquilamente (lá pelas 7 da madrugada) quando alguém chega com uma extrema sutileza (de uma manada de elefantes pisando em uma plantação de morangos) te sacudindo e pergunta:
-Tá dormindo?
-(Não, estou ensaiando pra quando eu morrer). Estava.
-Ah... É que seu tio está no telefone e quer falar com você...
. Você, com aqueles olhos cheios de remela e inchados, aquela cara amassada, com um branco de baba seca que vai até a testa, vai até o telefone e diz, com aquela voz meio rouca:
-Alô?!
-Oi... Te acordei? (adoro essa pergunta) Você está com uma estranha...
-(Nãããããoooo... Só estou treinando minha voz de bandido. Nunca se sabe quando vamos precisar fazer assaltos ou pedir resgate por telefone...) Não... É q eu estou com a garganta ruim. (nessa hora sua educação dá uma bambeada. Quase que você responde a verdade, mas você é extremamente zen e fica de boa) Diga, o que queres de mim?
-Você está de férias, né?!?
-(Não. Estou matando serviço/aula durante um mês em nome de uma força maior chamada preguiça) Estou.
-Então você vai comprar umas coisas pra mim hoje Quero que você compre... (detalhe que a pessoa nem pergunta se você pode ou se você quer) Passa aqui e pega um cheque.
-Tudo bem.
. Então, você vai no banheiro para tentar ficar igual gente. Fecha a porta, escova os dentes, lava o rosto e te dá uma vontade de passar um fax. Você vai.
. De repente ouve alguém batendo na porta:
-Tem alguém aí?
-(Não. Apenas tranquei a porta pra sacanear. Agora vou dar uma de super Mario e descer pelo cano...) Tem sim...
-Ah... E o que você está fazendo aí?
-(Estou montando uma conspiração secreta para dominar o mundo) Estou me aliviando (olha a educação...).
-OK
. Depois, você sai de casa, vai até a casa do seu tio, pega um cheque em branco e vai ao local em que o seu tio quer que você compre as coisas. Chegando lá, você escolhe os produtos. O rapaz do caixa fala o valor da soma, você começa a preencher o cheque e o rapaz do caixa (que espera você terminar de preencher) pra mandar a seguinte pergunta:
-Vai pagar com cheque?
-(Não, estou treinando caligrafia). Sim, por quê?
-Estamos trabalhando apenas com dinheiro.
. Depois de você amaldiçoar mentalmente o cara por esperar você preencher o cheque, seu tio (por uma incrível coincidência) te liga do cel dele:
-É do celular do fulano?
-(com sotaque “Noooo... Aqui é Salim Al Mahad de Istambul. Você querer comprar camêlos?” Variação 1: você tenta falar turco. Variação 2: Não (tsic), é do celular do fulano não (tsic). Aqui quem fala é a (tsic) Dona Marocas (tsic).) É tio.
Você aproveita para contar sobre a situação do cheque
-Ah. Vai no banco e troca o cheque então. Aí, depois passa aqui em casa e pega meu computador e leva pra arrumar, que ele deu problema.
-Uai tio, se vou passar aí, por que você já não me dá o dinheiro trocado?!
-Porque cada folha desse talão me custa R$0,03. Além disso, pra você volta aqui, você vai gastar R$0,40 de combustível, sem falar a volta e...
. Você desliga porque não aguenta a falação.
. Então você vai ao banco. Chegando lá a atendente/recepcionista que te encaminha te pergunta: -Posso ajudar?
-(Pode sim, pode entrar na fila e descontar esse cheque pra mim.) Acho que não. Quero apenas descontar esse cheque.
-A fila é aquela
Após pegar uma fila com 200 pessoas na sua frente, você chega ao caixa:
-Gostaria de descontar esse cheque...
-O sr. deseja em dinheiro?!
-(Não, de preferência em clipes de papel. Mas se você não tiver o suficiente, aceito também “liguinhas de dinheiro”) Pode ser. (deixando escapar uma ponta de ironia)
. Após sair do banco, você volta a loja, pega as mesmas coisas que você tinha pego, então o cara do caixa olha para a sua cara, soma o valor e te fala. Ele esboça te fazer uma pergunta. Nesse momento o mundo para completamente e fica num lance com os olhares. Você com o olhar implora, suplica para ele não fazer a pergunta. Mas não adianta:
-Vai pagar como?
-(“Com o corpo. Quer tudo a vista ou em parcelas?” Pelo menos dessa vez ele te perguntou) Em dinheiro.
. Você entrega o dinheiro e vai levar as paradas e pegar o computador. Chegando lá, seu tio pergunta:
-Por que você demorou tanto?
-(É que Jack Bauer me pediu ajuda para desarmar umas bombas) A fila do banco estava grande.
-Certo. Agora leva o pc.
. Você, com muita boa vontade leva. Chegando lá, você coloca o pc em cima da mesa do técnico e ele solta:
-Deu defeito?
-(Não, estou levando ele para passear. Sabe como é, pc estressado é difícil.) É...
. Terminado o seu serviço de office boy (e detalhe você nem recebe um obrigado), você resolve comprar flores para sua namorada, pois se lembra que hoje é aniversário de ano de namoro. Chegando na casa dela, ela atende a porta:
-Noossaaa, Flores?? Pra mim??
-(Dessa vez você não aguenta) Não! Cenouras para sua mãe!
. Depois de uma curta discussão, você pede desculpas porque estava muito estressado. Vocês saem. Após um encontro romântico, vocês vão numa pizzaria. Lá, após sentarem numa mesa de quatro pessoas (porque a mesa sempre é para quatro pessoas) e ficarem por meia hora, um rapaz que viu vocês chegando aproxima e solta:
-Esse lugar está ocupado?
-(Está pelo espírito da minha bisavó que adora segurar vela para mim) Não, pode pegar a cadeira...
. Por fim, após o jantar, após deixar sua namorada em casa, você chega em seu prédio, estaciona o carro na garagem, chama o elevador e entra. Quando a porta está quase fechando, um ser vivente grita: “Segura a porta!!!”. Com reflexos de ninja, você segura. Ele entra e pergunta:
-Vai subir?
-(NÃÃÃÃOOO!!! Estou apenas esperando meu apartamento descer...) [...]
(Você nem responde, porque sabe que há momentos que o silêncio é mais eloquente que a sua voz que provavelmente vai falar alguma porcaria para ele.)
..
Pois é, meus jovens gafanhotos. Precisamos exercitar a paciência com essas pessoas, senão, acabaremos matando um qualquer dia. Espero que tenham curtido a historinha de exemplo. Podem deixar escapar uma resposta dessas de vez em quando. Vocês sentirão um alivio, uma leveza extrema. Mas não abusem...

Abraço
O Intojo